domingo, 17 de abril de 2011

EDIFICAÇÕES ESCOLARES: INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA AO PROCESSO DE

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EXTRAÍDO DE:



A preocupação com o ambiente apropriado para o desenvolvimento das atividades

humanas deve se estender aos prédios escolares, visto que estes locais abrigam inúmeras pessoas com a finalidade de adquirir conhecimento e cultura. Assim, é necessário que a arquitetura destes prédios esteja plenamente adequada para receber os estudantes e possibilitar o máximo de condições de aprendizagem. Este estudo consistiu em uma pesquisa bibliográfica e de campo, sendo investigadas duas escolas públicas, com o objetivo de verificar se estes espaços educativos oferecem condições satisfatórias de infra-estrutura para um bom aprendizado. Utilizou-se como instrumento para coleta de dados um formulário de observação para ambas as escolas. Também buscou-se observar quanto as condições de acessibilidade, uma vez que o decreto lei n° 5296 de 2004 determina que, em cinco anos, todos os locais públicos estejam adaptados para todas as pessoas, sem distinção. Os resultados mostraram que uma das escolas está se aproximando da legislação, cumprindo com as condições físicas e de conforto ambiental estabelecidas, enquanto que a outra escola ainda se encontra aquém de atender corretamente todas as condições.

23:06 | 0 Comments


EXTRAÍDO DE:


http://editoraglobo.globo.com/especiais/2006/generosidade/reportagem_44.html




s efeitos positivos de ambientes agradáveis e adequados às crianças são estudados pelo arquiteto Ricardo Caminada no Centro de Educação Infantil Santo Antônio, creche paulistana reformada por este e outros profissionais. O desejo de ter uma casa bonita e a diminuição da agressividade já estão sendo notados


Ambientes lúdicos e totalmente adaptados para a educação e o conforto das crianças podem influenciar positivamente seu aprendizado e perspectiva de vida. Estes são os resultados preliminares de uma pesquisa, ainda em andamento, feita pelo arquiteto e agora graduando em psicologia Ricardo Caminada. "Meu foco é verificar, por meio da psicologia ambiental, se houve mudanças positivas no comportamento das crianças: se elas se tornaram mais organizadas, se a cognição melhorou e se possuem maiores aspirações para suas vidas", diz Caminada.

O trabalho do arquiteto acompanha dez crianças, com idades de 6 e 7 anos, ex-estudantes do Centro de Educação Infantil Santo Antônio, no bairro da Saúde, zona sul de São Paulo. A instituição, mantida pela Liga das Senhoras Católicas, foi escolhida em 2002 pelo projeto Casa da Criança para sofrer uma grande reforma sob o comando de destacados arquitetos de São Paulo. O projeto nasceu em 1999, no Ceará, pelas mãos da arquiteta Patrícia Chalaça. Ao longo dos anos, foram firmadas parcerias e franquias por diversos Estados do Brasil, até que, em 2001, ele chegou a São Paulo. No total, são pelo menos 32 reformas de instituições de atendimento a crianças de até 6 anos no país e seis no Estado.

O CEI Santo Antônio foi refeito em menos de cinco meses. As educadoras da creche atestam os efeitos positivos que Ricardo busca provar em sua pesquisa. "O ambiente está adequado ao ensino infantil. Tudo está ao alcance delas, que podem explorar, usar e guardar os objetos sozinhas", diz a coordenadora pedagógica Elizabeth Bilezikjian.

A preocupação com a acessibilidade e o aprendizado esteve presente entre os profissionais que contribuíram para a reforma da creche. A designer de interiores Jóia Bergamo transformou a biblioteca e adicionou 1.200 títulos ao pequeno acervo existente. "Fiz mesinhas para leitura e desenho, nicho para fantoches e duas áreas de descanso", conta Jóia, que, desde que partipou do projeto, busca repetir a dose uma vez por ano. "Nunca mais vou deixar de fazer."

A ergonomia foi a preocupação de Thereza Dantas, arquiteta que fez de um corredor uma grande pia para a higiene bucal das crianças, o "escovódromo". "Fiz uma bancada baixa, adequada à faixa etária de até 4 anos, que freqüenta o espaço. Os desenhos na parede são de Iva Pinheiro e representam os momentos do dia em que se escovam os dentes, para que a criança aprenda e fixe", diz Thereza.

O coordenador do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Hartmut Günther, confirma que as mudanças realizadas podem ter impacto na vida das crianças. "Se a creche é mais agradável que a casa delas, isso pode instigar sonhos e aspirações", diz o professor.

Ricardo Caminada coletou um indício importante de que as transformações já estão em curso nas crianças: "Os pais das crianças que passaram pela creche afirmam que os filhos começam a almejar, para o futuro, uma casa tão bonita quanto a creche." E tem mais: os desenhos realizados em sala de aula, que antes eram escuros e tinham traços fortes, hoje apresentam traços suaves e muito mais cores, o que demonstra a diminuição da agressividade. "Ter um ambiente agradável é um direito humano", conclui o professor Günther.

Refeitório
Recriado por Angela Tasca, o refeitório, com mesas circulares que reforçam o convívio, tem desenhos coloridos que fazem um caminho pelas paredes. São assinados pelo artista Odamar Versolatto. "Quis fazer um espaço em que a criança pudesse se alimentar e conviver com a arte", diz a arquiteta. As cadeiras coloridas e mesas, ao fundo, foram compradas por Angela e doadas à creche. As cortinas foram cedidas por Luri Decorações

Biblioteca
Projetado por Jóia Bergamo, o espaço tem mesinha que centraliza a leitura. Atrás, o colchão é mais uma opção para o descanso diário das crianças, depois do almoço. "Foi o melhor trabalho que já fiz", diz a designer de interiores, que contou com a colaboração da Gav Decorações na marcenaria e da Casa Fortaleza, fornecedora do piso. Junto às estantes, uma escada leva a um palquinho para apresentações. Embaixo dela, caixas com rodízios guardam objetos e brinquedos - tudo para estimular a organização

Pátio interno
Reformado pela arquiteta Brunete Fraccaroli, o espaço recebe muita luz durante o dia, o que potencializa o efeito colorido da cobertura de vidro da Santa Marina, com película da Vanceva Design. "A idéia era dar mais qualidade à brincadeira das crianças." Para isso, conseguiu a doação de brinquedos da SPI Playground. Os desenhos na parede são da artista plástica Eliane Goes

Pia para higiene bucal
Thereza Dantas fez a pia onde as crianças lavam suas mãos e escovam os dentes após as refeições. "Usei mármore (na bancada) e cerâmica (nas paredes), que não requerem manutenção, porque a creche não pode gastar dinheiro", diz a arquiteta. A iluminação indireta do teto tem plaquinhas de acrílico adesivadas com o sol e a lua. Tudo faz referência às fases do dia em que a criança deve se lembrar de escovar os dentes. O ponto de partida foram os desenhos de Iva Pinheiro. Os espelhos são da Moldulak

SUA HISTÓRIA

Dignidade restaurada
Uma vida digna começa por uma moradia decente. Foi com esse espírito que as arquitetas Helena Galiza e Laís Coelho criaram o ReHab Centro, em 2002. O projeto, totalmente voluntário, consiste em oferecer assistência técnica a uma verdadeira ressurreição de um imóvel na esquina das ruas Constituição e Regente Feijó, no centro do Rio de Janeiro.

O que era um casarão abandonado do século 19, invadido por nove famílias com média de ganho mensal de dois salários mínimos, está se transformando em um conjunto de apartamentos. É a chance de essas 25 pessoas - gente que chegou a ser desalojada e passar 15 dias na rua, com crianças pequenas - mudarem de vida.

Além da revitalização do imóvel, o projeto prevê também capacitação profissional, geração de trabalho e renda e educação. As famílias formaram a Associação Moradia Digna nas Áreas Centrais e já possuem até registro de pessoa jurídica. A regularização fundiária já está aprovada pelo município, e o projeto foi selecionado pelo Programa Crédito Solidário, da Caixa Econômica Federal, que concederá o financiamento de R$ 150 mil para o empreendimento.

O Governo do Estado já se dispôs a conceder o direito de uso do imóvel mediante a captação da totalidade dos recursos - o orçamento é de R$ 250 mil. Como o casarão está dentro do Corredor Cultural, no Centro, itens como a restauração da fachada encarecem o projeto. A luta do ReHab Centro agora é pela busca dessa diferença para que as obras possam ganhar corpo. Enquanto isso, o grupo atua na comunidade: todas as crianças estão na escola, por exemplo.

"Tudo é feito com total participação da comunidade", conta Laís. E a tranformação já é visível. "As pessoas voltaram a ter esperança. Elas se sentem cidadãs novamente." É a prova de que parcerias podem transformar o mundo em que

TEXTO DÉBORA MISMETTI
FOTOS MARCOS ANTONIO

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EXTRAÍDO DE:


Escola integral: Necessidade e desafios!
O Brasil faz parte da lista dos países nos quais os estudantes passam menos tempo na escola. Está comprovado cientificamente que quanto maior o período escolar, maiores são as oportunidades de desenvolvimento das crianças. Mas estar na escola é diferente de frequentar um ensino completo.
Existe um abismo entre educação integral, holística e de qualidade e lugar para deixar os filhos. Entendemos por ensino de qualidade o espaço que oferece atividades científicas, esportivas, humanas e culturais. Para essa proposta ter sucesso, é preciso planejamento pedagógico e investimento físico e humano. A ideia do ensino integral é efetivada em alguns municípios a título de experiência, possuem um caráter mais político do que educativo. A escola-piloto é divulgada como se fosse uma regra de trabalho, mas é uma exceção.
O que temos como resultados positivos sobre esse trabalho são mínimos e a maioria ainda ocorre em instituições privadas. No ensino público, a realidade é bem mais turva. Escola integral significa o dobro de recursos financeiros para cada criança. Infelizmente, moramos num país onde a culturae o ensino apresentam alto custo.
Tirar nossas crianças das ruas e oferecer oportunidade de desenvolvimento completo ainda é um sonho ousado para o Brasil e, infelizmente, distante. O que vemos é uma lacuna entre os objetivos de cada instância envolvida: política, famíliae escola.
A família espera um lugar para deixar os filhos enquanto trabalhar. Infelizmente, falta-lhe compreensão sobre o que deve ser feito em uma escola.À luz desta compreensão, a administração pública aproveita para divulgar trabalho e fazer campanha.
No entanto, entra político, sai político, o ensino integral continua sendo experiência isolada. No meio, fica a escola. A ela cabe oportunizar o desenvolvimento de competências e habilidades do aluno, por meio da tecnologia, cultura e história.
Para nobre tarefa, os esportes, as artes e as ciências são os edificadores da prática pedagógica. Porém, a realidade que encontramos é outra. A falta de estrutura física e humana compromete o trabalho, e o que era para ser um ambiente de educação integral, passa a ser uma dor de cabeça para quem administra.
Criança na escola, com ensino de qualidade, é meio caminho andado na direção do crescimento, em todos os aspectos.Toda nação que almeja desenvolvimento sustentável, toda família que prioriza a educação das suas crianças e todo professor que busca a educação do corpo e da mente dos alunos sabem que o ensino integral é urgente.
Que ele aconteça, mas de forma responsável, não de forma intencional e fragmentada. Sendo assim, vira depósito de criança, não ambiente de formação. Enquanto objeto de discussão na Conae, a proposta enche de expectativas quem acredita na sua credibilidade. Para que saia do papel, é necessária a cobrança da sociedade civil, principalmente da família. Esta ainda não sabe a força que tem.
Exigir educação de qualidade é diferente de aceitar vaga na escola. Com certeza, tal exigência vai arrancar da zona de conforto muitos políticos que dependem das urnas. Afinal de contas, quatro anos passam muito rápido, e trabalhar com seriedade é necessário num país que ainda oferece pouco para suas crianças.
 Por Elizete Feliponi - A Conferência Nacional de Educação (Conae) irá ocorrer no Distrito Federal, em abril de 2010, e tem como objetivo principal discutir o plano articulado de educação para o País, o qual visa a melhorar os índices de aproveitamento escolar.


No primeiro semestre deste ano, foram realizadas nos municípios pré-conferências, as quais possibilitaram espaços de discussão do documento, constituído com as principais questões que norteiam ou são propostas de trabalho do processo educativo.


No segundo semestre, as pré-conferências são de ordem regional e estadual e cada discussão busca esclarecer o que o documento propõe como necessário para aprimorar a educação, desde a educação infantil até a pós-graduação. Neste documento, assuntos com caráter de urgência e importância são colocados na pauta.


Entre eles, questões como a obrigatoriedade do ensino a partir dos quatro anos de idade e a escola em período integral. E aqui, neste ponto, o que nossos olhos alcançam não dá conta de esclarecer a complexidade dos fatos. São duas questões polêmicas, interligadas e refletem a angústia de uma sociedade.


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EXTRAÍDO DE:


http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.020/813

Por uma arquitetura social: a influência de Richard Neutra em prédios escolares no Brasil

Claudia Loureiro e Luiz Amorim

Kester Avenue Elementary School, Van Nuys, Califórnia, 1951.
Arquiteto Richard Neutra
Foto Luiz Amorim  

Kester Avenue Elementary School, Van Nuys, Califórnia, 1951.
Arquiteto Richard Neutra
Foto Luiz Amorim

Kester Avenue Elementary School, Van Nuys, Califórnia, 1951.
Arquiteto Richard Neutra
Foto Luiz Amorim

Kester Avenue Elementary School, Van Nuys, Califórnia, 1951.
Arquiteto Richard Neutra
Foto Luiz Amorim

Kester Avenue Elementary School, Van Nuys, Califórnia, 1951.
Arquiteto Richard Neutra
Foto Luiz Amorim

Maquete do projeto vencedor do concurso público de projeto para o Instituto de Educação de Pernambuco. Arquitetos: Marcos Domingues da Silva e Carlos Falcão Correia Lima (fonte: Lima, 1985: 95)

Plano esquemático da Bell Avenue School, Califórnia. Arquiteto Richard Neutra (fonte: Lamprecht, 2000: 112)

Plano de escola urbana de 8 salas de aula; esquema de sala de aula e detalhe da construção. Arquiteto Richard Neutra (Neutra, 1948: 89 e 49)

Plano do Jardim de Infância Ana Rosa Falcão, Recife. Arquitetos: Marcos Domingues da Silva e Carlos Falcão Correia Lima (Loureiro, 2000: 160)



sinopses

como citar

LOUREIRO, Claudia; AMORIM, Luiz. Por uma arquitetura social: a influência de Richard Neutra em prédios escolares no Brasil. Arquitextos, São Paulo, 02.020, Vitruvius, jan 2002 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.020/813>.


Richard Neutra esteve entre os arquitetos europeus que mais se destacaram neste movimento. Tendo estabelecido residência nos Estados Unidos, ainda nos anos 20, Neutra, entre outros, materializou suas experiências de racionalização da construção na Califórnia, cujas condições climáticas em muito diferiam daquelas do seu país de origem, a Áustria. Sensível a estas diferenças, suas obras apresentam uma conciliação entre racionalização e adequação climática.
É esta conciliação que torna atrativa a incorporação de suas idéias no Brasil, podendo-se observar uma certa identidade entre as experiências desenvolvidas por arquitetos brasileiros e a arquitetura californiana do pós-guerra, principalmente através das Case Study Houses (McCoy, 1962), programa experimental idealizado por John Entenza, editor da revista Arts and Architecture, que objetivava o desenvolvimento de uma arquitetura residencial moderna para a uma democrática América. Neutra participou integralmente deste programa, projetando, inclusive, a própria residência de Entenza. Segawa (1998) e Amorim (2000) referem-se ao reconhecimento dado por arquitetos brasileiros ao programa de Entenza, tanto no sudeste como no nordeste brasileiro, e Loureiro (2000) observa a relevância da arquitetura escolar de Neutra na elaboração de projetos de escolas públicas pernambucanas.
Neutra esteve na América Central e do Sul, a serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Sua visita ao Brasil, em 1945, resulta na publicação de livro bilíngüe, em 1948, intitulado Arquitetura Social em Países de Clima Quente, fartamente ilustrado, reunindo os projetos do arquiteto para o programa de educação e saúde de Porto Rico, além de alguns projetos habitacionais na Califórnia (Neutra, 1948).
No prefácio do livro, que tem introdução de Gregori Warchavchik, o editor define, com as seguintes palavras, o seu escopo: arquitetura social é aquela que se situa acima do nível individualista. Segundo ele, a relevância da obra de Neutra não reside apenas na sua beleza, mas na sua procura em ser útil à coletividade do lugar no qual será construído o novo prédio, ainda que o cliente seja um particular (Neutra, 1948: 6). Igual movimento no pós 2ª guerra na Inglaterra também leva a arquitetura escolar à inserção na classificação de arquitetura social, significando a produção de edificações para o real benefício da sociedade (Saint, 1987).
O impacto do livro, apesar de pouco referido, parece ter sido significativo: veio a representar uma importante referência para a elaboração de projetos de edificações públicas, sobretudo para as redes de ensino e saúde no Brasil. O mesmo se dá em relação à divulgação das experiências de Neutra no campo da arquitetura escolar por meio das revistas especializadas, conforme afirma Saint, discorrendo sobre as experiências de pré-fabricação na Inglaterra dos anos 30 (Saint, 1987: 53):
“Jovens arquitetos eram obrigados a lançar olhares invejosos às fotografias publicadas na imprensa de escolas leves projetados por Richard Neutra, e uma ou duas outras no clima mais ameno e na mais adequada atmosfera econômica da Califórnia, onde idéias arquitetônicas e educacionais, de alguma forma, se aproximavam” (2).
A influência de Neutra parece ter se dado em diversos níveis:
1. Do ponto de vista da metodologia: O projeto arquitetônico é visto de forma integral, com procedimentos sistemáticos que incluem desde o tratamento de dados, até a elaboração criteriosa de programa arquitetônico, definição de gráficos de relações funcionais até o dimensionamento e desenho de mobiliário;
2. Do ponto de vista da organização espacial: Neutra estabelece procedimentos de classificação e ordenamento das funções em setores funcionais, refletidos nos arranjos espaciais das edificações. Esse procedimento classificador estabelece formas de controle das ações sociais na edificação, e ordena formas de interação entre as diversas categorias de usuários;
3. Do ponto de vista da adequação climática: A preocupação em oferecer amplas aberturas e áreas sombreadas, já experimentadas nos seus projetos californianos, afirmam a necessidade de adaptar as edificações às condições climáticas de cada lugar.
4. Do ponto de vista da técnica construtiva – coordenação modular e racionalização da construção: Suas soluções, simples e eficazes, demonstram a possibilidade de se projetar edificações modernas de baixo custo de construção e manutenção. Para tanto, o arquiteto se valeu de sua experiência em pré-fabricação e aplicação de componentes modulares na construção de unidades habitacionais e edificações públicas tanto na Europa como nos Estados Unidos.
Segundo Lamprecht, no entanto, a inegável contribuição de Neutra para a consolidação da idéia de uma arquitetura social se aplica apenas aos seus projetos para escolas. É ai, segundo a autora, onde o arquiteto revela toda sua genialidade, com proposições que chegam a ser revolucionárias. A autora ressalta: (Lamprecht, 2000: 72): “Nas suas escolas ele foi radical. Aqui sua arquitetura tornou-se o veículo de um novo projeto social que colocou em cheque não apenas a imagem do edifício escolar, mas também como o aprendizado deveria ocorrer” (3).
Biorrealismo e arquitetura escolar
Os edifícios escolares de Neutra apresentavam uma nova concepção de espaço educacional. Suas revolucionárias idéias estavam atreladas ao seu agudo senso de observação do comportamento humano em relação às características do ambiente natural e, digamos assim, arquitetônico e fundamentadas em uma abordagem própria da arquitetura, chamado por Neutra de biorrealismo. Decorriam, ainda, de sua observação sobre o processo de ensino/aprendizagem e o comportamento dos alunos em sala de aula, apoiados no estudo de documentos científicos da época, como aqueles que apontavam a necessidade de crianças de um volume de oxigênio duas ou três vezes maior do que um adulto. Daí decorrem os sistemas engenhosos, empregados nas escolas, para a constante troca de ar nas salas de aula. Em muitos casos, sua intuição sobre as características mais adequadas para o ambiente escolar foi posteriormente comprovada por estudos científicos (Lamprecht, 2000: 80).
O conceito de biorrealismo de Neutra tem por base os escritos de de Wundt e Fechner, considerados os fundadores da psicologia experimental. A idéia básica é que arquitetura deveria estar ligada ao corpo e à mente, ou seja, físico e psicológico interdependentes. (Lamprecht, 2000). Segundo Frampton, o melhor da obra de Neutra se deu exatamente quando o programa arquitetônico pôde ser interpretado de modo a contribuir de forma direta para o bem-estar psico-fisiológico do usuário (Frampton, 1997: 249).
Para Neutra, luminosidade, ventilação e visibilidade são aspectos particulares que envolvem o processo educacional e a arquitetura deve responder adequadamente a eles. É no projeto para a Ring Plan School, de 1925-1932, que sua idéia germinal do que deveria ser um moderno edifício escolar se expressa (4). Neste projeto, a tradicional estrutura do edifício escolar, definida pela agregação de salas de aula ao longo de corredores, em planos sobrepostos, é substituída por um esquema horizontal, com corredores abertos, conectando as salas em uma de suas faces, permitindo uma iluminação homogênea e adequada no interior das salas de aula. Mais significativa, no entanto, é a abertura das salas de aula para a área externa, permitindo uma perfeita integração entre as atividades pedagógicas no interior e no exterior do edifício.
Ainda segundo Lamprecht, Neutra acreditava que o contato com a natureza era importante para a formação das crianças, porém o que parece evidente, é que a solução espacial encontrada por Neutra possibilitava a realização de procedimentos pedagógicos menos formais. O acesso ao exterior permitia o desenvolvimento de atividades pedagógicas mais dinâmicas, superando a ortodoxa e estática relação aluno/carteira – professor/quadro negro. A mesma dinâmica Neutra imprimiu no desenho do mobiliário, nunca fixo, permitindo que muitas atividades fossem desenvolvidas no pátio, extensão natural da sala de aula, e na possibilidade de eliminar o quadro negro, já que, segundo ele, as crianças teriam um melhor aprendizado próximo do chão, como os primeiros Homo sapiens o fizeram (Lamprecht, 2000: 80).
A escola Corona (atualmente conhecida por Bell Avenue School), em Bell, Califórnia, foi a primeira realização das idéias expressas na Ring Plan School. O plano consiste de dois blocos dispostos perpendicularmente, unidos por passarelas abertas. Um bloco abriga o conjunto de 5 salas e o outro o jardim de infância. Nesta primeira experiência, as portas que dão acesso ao pátio são totalmente envidraçadas e de correr, não permitindo a abertura total das salas de aula, mas garantindo a integração desejada entre interior e exterior. É curioso observar que as fotografias divulgadas por Neutra da sua escola recém inaugurada mostram cadeiras e carteiras estudantis dispostas na soleira na porta, invadindo deliberadamente o espaço exterior. São também comuns as imagens de aulas em pleno pátio, com crianças e professores interagindo nas mais diversas situações.
Segue-se à esta experiência, a Ralph Waldo Emerson Junior High School, de 1937/38, em Westwood, Los Angeles, conjunto significativamente mais complexo, com dois pavimentos e com corredor central, como as escolas tradicionais, sugerindo uma necessária adaptação do modelo horizontal e permeável de Neutra ao programa. No entanto, importantes modificações são introduzidas ao esquema espacial tradicional. As salas de aula do térreo, por exemplo, são integradas ao pátio externo por meio de grandes portas envidraçadas de correr, desenhadas para abrir o vão do piso ao teto. No pavimento superior as salas são dotadas de grandes aberturas para o exterior, garantindo uma forte integração visual com o exterior e janelas superiores e sheds oferecem uma iluminação mais uniforme nas salas e corredores. Na época de sua construção, a escola foi considerada, por membros do Los Angeles School Board e do Board of Education, como o perfeito ambiente para o desenvolvimento de um modelo educacional mais progressista (Lamprecht, 2000: 140).
A experiência de Porto Rico de certo ofereceu a oportunidade para a realização de outras experiências, tanto em solo americano, como a Kester Avenue Elementary School, de 1951, em Van Nuys, Califórnia, como em Guam, possessão americana no Pacifico. Ali, Neutra e seu sócio Alexander, atuaram como consultores por mais de 10 anos, realizando projetos de diversas naturezas (Lamprecht, 2000: 242-243). A Adelup School é um dos exemplos desta colaboração e do amadurecimento dos estudos realizados em Porto Rico.
A Kester Avenue Elementary School é composta por vários blocos, destinados aos diversos níveis de escolaridade, unidos por passarelas cobertas por lajes planas. As salas de aula podem ser ampliadas para o exterior por meio de varandas formadas pelo simples prolongamento da laje de cobertura. Persianas horizontais fixas de alumínio garantem a proteção contra a forte insolação do verão californiano. As salas contíguas são sutilmente isoladas por depósitos para a guarda de material pedagógico utilizado nas atividades externas, confirmando o grande investimento do arquiteto em garantir um efetivo aproveitamento do potencial educativo de atividades menos formais.
O Instituto de Educação de Pernambuco e as idéias ‘neutraianas’
Um exemplo significativo da influência da arquitetura de Neutra na arquitetura brasileira está no Instituto de Educação de Pernambuco, localizado no centro do Recife, projeto dos arquitetos Marcos Domingues da Silva e Carlos Falcão Correia Lima, ganhadores de concurso público nacional, realizado em 1956.
O concurso foi amplamente discutido na coluna que o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de Pernambuco mantinha na Folha da Manhã e, depois, no Jornal do Commércio, intitulada Modulando, prestando-se tanto como instrumento para a defesa de concursos para a elaboração de edifícios públicos, como para a demonstração da capacidadedos arquitetos pernambucanos em atender de forma satisfatória aos mais complexos problemas arquitetônicos. Em 1956, o Governador do Estado nomeou uma comissão para estudar e planejar o novo Instituto de Educação. A comissão foi formada, sem o concurso de nenhum arquiteto, por um engenheiro e quatro professores, o que motivou severas críticas do departamento local do Instituto de Arquitetos do Brasil, advogando a necessidade, primeiro, de um arquiteto na equipe, e, posteriormente, da necessidade de um concurso público de projeto (Lima, 1985).
O projeto vencedor propunha um conjunto composto por quatro edificações, cada uma delas destinada a um nível de atenção. O Jardim de Infância Ana Rosa Falcão é abrigado em um edifício térreo. As demais edificações (a Escola Primária Cônego Rochael de Medeiros, o Colégio Estadual do Recife e o IEP) foram organizadas em blocos sobre pilotis, de dois pavimentos, articulados por rampas. Um quinto volume, infelizmente nunca construído, abrigaria um auditório.
O arranjo do conjunto claramente favorece a melhor orientação para as salas de aula, todas elas recebendo iluminação natural através de grandes planos de vidro, devidamente protegidos por quebra-sóis, ora horizontais, ora verticais. Os longos blocos sobre pilotis são interconectados por um edifício térreo, abrigo das atividades administrativas e de espaços de uso comum (biblioteca, laboratórios, vestiários).
A circulação vertical é toda feita através de rampas, protegidas da forte insolação poente por brises verticais. Destaca-se, na solução geral do conjunto o cuidadoso tratamento dado à captação de iluminação natural, criando uma atmosfera muito próxima daquela preconizada por Neutra, nos seus primeiros estudos de edifícios escolares, em que a captação e distribuição de luz nos ambientes eram essenciais para oferecer as melhores condições de aprendizado.
Outro aspecto particular do conjunto educacional está na curiosa solução para as salas de aula da escola de aplicação. Sendo uma escola de formação docente, as salas de aula ofereciam ambientes para a supervisão e avaliação do desempenho das chamadas professorandas, localizados numa galeria no pavimento superior às salas de aula, que tinham, desta forma, o pé-direito duplo.
É na edificação que abriga o jardim de infância onde residem mais claramente as referências aos preceitos expressos em Arquitetura Social em Paises de Clima Quente. O edifício tem, como foco central, o playground e recreio coberto. Em torno deste núcleo se organizam, em alas, os espaços didáticos e os espaços administrativos. São quatro conjuntos de sala de aula, compostos, cada um, por um sanitário, uma área que serve de guarda-volume e vestíbulo de entrada para o conjunto e uma sala que se prolonga para um pátio exterior, através de uma porta pivotante que se abre horizontalmente, tal como proposto por Neutra (1948: 43):
“A sala de aula ... aumenta pela instituição da “área de instrução combinada de espaço interior-exterior”. Aberta e adequadamente orientada para o lado da brisa, a área instrucional interior possui a necessária ventilação. A porta que se abre horizontalmente, não só permite comunicação livre entre o espaço interior e exterior, mas aumenta a “área de sombra”. Livre ventilação em baixo do teto e refleção (sic) natural da luz são outras vantagens do desenho”.
O Jardim Ana Rosa, desta forma, dá substância aos preceitos pedagógicos inspirados nas idéias de Fröbel, e sobretudo, de Montessori e Dewey, bastante difundidas na década de 30, cuja ênfase estava nas oportunidades para interação social e em métodos que se estruturavam em torno das atividades da criança. O foco da edificação nas áreas de recreação, além do uso de cores alegres e dimensão de mobiliário e instalações adequadas ao tamanho da criança, sugere uma escola que cria um mundo de brincadeiras, mas que um agrupamento de salas de aula.
De volta à sala de aula
A concepção mais significativa da arquitetura para escolas de Neutra – a da integração entre espaços – dá suporte a um espaço escolar potencialmente favorável à interação entre alunos e professores. Esta propriedade, no entanto, foi sendo eliminada ao longo do tempo, justificada pelo aumento da violência urbana – as generosas aberturas tornavam as edificações vulneráveis. As maiores modificações nas escolas da Califórnia se deram exatamente pela eliminação, ou mudança de função, das portas que possibilitavam a integração interior/exterior. Em Recife não seria diferente.
Assim sendo, atualmente, na Ralph Waldo Emerson Junior High School, as portas das salas de aula do pavimento térreo encontram-se fechadas por motivo de segurança (5) demonstrando sinais de mudanças pedagógicas ou adaptação às novas condições sociais americanas.
Da mesma forma as esquadrias das salas de aula da Kester Avenue foram modificadas. Em seu lugar foram instaladas esquadrias de madeira e vidro, tipo guilhotina, mas uma porta de madeira maciça ainda permite o acesso ao espaço exterior, que, pela presença de bancos, cadeiras, armários e brinquedos, parece continuar sendo utilizado, como previsto por Neutra.
No Jardim de Infância Ana Rosa, as quatro salas de aula foram transformadas em 8: quatro têm acesso pela galeria que circunda o pátio interno e quatro, pelo exterior da edificação. Todas as portas são complementadas por grades. Mudanças na orientação pedagógica? Tudo indica que sim – em nome da segurança, a configuração espacial resultante destas reformas mais se assemelha a uma instituição reformadora que formadora.
Por outro lado, apesar da proteção legal dada ao conjunto arquitetônico do Instituto de Educação, classificado como Imóvel Especial de Preservação, o conjunto sofreu, e vem sofrendo, várias alterações. Ainda na década de 60, a área entre o Jardim Ana Rosa e o IEP foi parcialmente ocupado com a construção da Biblioteca Pública Estadual, também resultado de concurso público, desta feita ganho pelos arquitetos Reginaldo Esteves e Maurício Castro. Nos anos 90, a área entre o IEP e o colégio é ocupada, agora por uma quadra coberta, intervenção extremamente infeliz. Porém, a sua importância, por expressar de forma exemplar algumas idéias contemporâneas de arquitetura e educação, deve ser protegida por lei estadual. Dessa forma, o Estado de Pernambuco terá a dupla responsabilidade de manter o edifício como bem próprio e como patrimônio arquitetônico, e ainda como patrimônio educacional.
A influência da arquitetura de Richard Neutra na arquitetura brasileira ainda está por ser devidamente estudada. Sua visita ao Brasil, em1945, a serviço do Departamento de Estado dos Estados Unidos, resultou na publicação, em 1948, de livro bilíngüe fartamente ilustrado, reunindo os projetos do arquiteto para o programa de educação e saúde do governo de Porto Rico, além de alguns projetos habitacionais na Califórnia. Elaborados para o governo daquele país, são, no entanto,orientados, como afirma o título do livro, ... para países de clima quente ... e pobres, ainda que não mencionado no título.


O impacto do livro, apesar de pouco referido, parece ter sido significativo: veio a representar uma importante referência para a elaboração de projetos de edificações públicas, sobretudo para as redes de ensino. Este artigo analisa um exemplo significativo da influência dessas idéias no Brasil: o Instituto de Educação de Pernambuco, projeto dos arquitetos Marcos Domingues da Silva e Carlos Falcão Correia Lima, ganhadores de concurso público nacional, realizado em 1956. Os autores confirmam a importância do livro na fundamentação do esquema vencedor, da interpretação do problema à solução do conjunto. É no bloco destinado ao jardim de infância, no entanto, onde residem mais claramente as referências aos preceitos expressos no livro, inclusive com a introdução pioneira de salas de aula que se prolongam para um pátio exterior, através de portas pivotantes que se abrem horizontalmente, como recomendado por Neutra. O conjunto é protegido por lei municipal,porém sua concepção original encontra-se bastante alterada. Mais um exemplar moderno à espera de uma ação restauradora.


Arquitetura social de Richard Neutra


O fim da segunda guerra mundial apresentou o cenário apropriado para a aplicação em larga escala de várias concepções arquitetônicas e tecnológicas desenvolvidas na Europa nas décadas de 20 e 30 do século XX. Problemas de racionalização e pré-fabricação da construção foram equacionados com a integração entre indústria e canteiro de obras, sobretudo relacionadas às obras de caráter social, como habitação, escolas e equipamentos de saúde.


22:51 |
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Promessa presidencial voltada à educação pública
Reproduzi trechos de informações voltadas à educação pública e as entreguei aos meus alunos; há enorme descrença nas afirmações políticas, infelizmente. - Encontros Marcados com a Redação, 2010

uvi no discurso da posse presidencialEstadão, 1º de janeiro de 2011) o recado  acima em destaque; você também deve ter ouvido, prezado leitor, mas quero ver na prática se a advertência discursiva se consolidará durante a gestão da nova presidente. Tenho minhas dúvidas, porque mexer no sistema educacional público exige determinação objetiva. Acompanhemos as primeiras atitudes presidenciais e vejamos se elas caminharão consoante ao dito, sob a emoção da posse.





 (...) Mas só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.


Somente com avanço na qualidadede ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.


                                      (Dilma Russef, presidente do Brasil)


O

22:46 |
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As escolas mais legais do mundo.

A World Architecture News soltou as
finalistas do concurso que vai escolher
o Educational Building of the Year. Seis são as candidatas finais para vencer o prêmio. 


The Australian Technical College, desenhada por
Spowers
, está localizada em um local de extremo calor, mas não precisa de nenhum ar condicionado. Ao contrário, a escolha é resfriada por ventilação natural e um canal subterrâneo que traz ar fresco para dentro do edifício. 



No alto dos Himalayas, no Noroeste da India, the Druk White Lotus school foi encomendada pelo próprio Dalai Lama. Desenhada por
Arup
, é prédio combinadao de materiais high tech e materiais tradicionais. 



Britain's Hazelwood School, desenhada por
Gordon Murray + Alan Dunlop Architects
, foi feita para inspirar as crianças através de estímulos visuais e sensoriais. A artéria central da escola foi feita para ajudar os estudantes a se orientar sobre onde estão. 



The Hong Kong Community College, desenhada por
AD+RG
, foi inspirada por Jenga. Ao criar os andares como blocos individuais e torcê-los, os arquitetos criaram jardins suspensos em todos os andares. 



Jåttå Vocational School, de
Henning Larsen
, foi desenhada para funcionar com os novos modelos de aprendizado. Grandes salas de aula cercadas por salas menores para lições personalizadas. 



METI School em Bangladesh, desenhada por
Anna Heringer Architecture
, tem o objetivo de fazer o aprendizado ser divertido. Algumas classes são conectadas por cavernas. 


Os professores que me desculpem, mas beleza é fundamental.

22:40 | 0 Comments


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Especial Escolas - A escola-parque: ou o sonho de uma educação completa(em edifícios modernos)

Por Maria Alice Junqueira Bastos
"Comecemos pelas escolas, se alguma coisa deve ser feita para 'reformar' os homens, a primeira coisa é 'formá-los'."
(Lina Bo Bardi em Primeiro: escolas, Habitat, no 4, 1951)



Nas origens da educação pública no País está o pensamento liberal da igualdade entre os homens e do direito de todos à educação, entendida como um instrumento essencial para a construção de uma sociedade de oportunidades iguais. Na Primeira República, o programa educacional público era direcionado ao ensino elementar, enquanto o secundário, considerado prerrogativa das elites e não-obrigatório, era ministrado por instituições privadas.


A ascensão de Getúlio Vargas em 1930 propiciou, num primeiro momento, espaço para a ideia da educação pública como elemento remodelador do País na construção de uma sociedade moderna e democrática. Em 1932, um grupo de intelectuais lançou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a universalização da escola pública, laica e gratuita. Entre os intelectuais que assinaram o documento estava Anísio Teixeira (1900-1971), figura central na educação pública brasileira no século 20, cujas ideias ainda pairam sobre os discursos e as iniciativas na área.


Baiano, Anísio Teixeira formou-se no Rio de Janeiro em direito e, em 1924, passou a trabalhar como inspetor-geral do ensino na Bahia. O interesse pela educação levou-o à Europa e aos Estados Unidos para observar os novos sistemas de ensino que estavam sendo pesquisados.


Escola-parque ou Centro Educacional Carneiro Ribeiro (em duas etapas: 1947 e 1956), em Salvador, de Diógenes Rebouças


No Estado de São Paulo, a arquitetura moderna passou a ser empregada nas escolas públicas a partir do Convênio Escolar, um acordo firmado em 1948 entre o Estado e o Município de São Paulo, cujas principais realizações ocorreram de 1949 a 1954. A prefeitura de São Paulo precisava se adequar à constituição de 1946, segundo a qual União, Estados e Municípios deviam aplicar no ensino público uma porcentagem da arrecadação de impostos.




Na volta ao Brasil, foi nomeado diretor de instrução pública do Rio de Janeiro no princípio da década de 1930. Perseguido pela ditadura Vargas, acabou se demitindo em 1936 e voltando para a Bahia.


Em 1947, num cenário de democratização do País finda a ditadura Vargas, e numa Bahia impulsionada pelo governo progressista de Octávio Mangabeira, Anísio Teixeira, como secretário da educação do Estado da Bahia, elaborou o Plano Estadual de Educação Escolar que criou conceitualmente a escola-parque, ou seja, um espaço completo de formação educacional. Anísio Teixeira tinha afinidade intelectual com as ideias do filósofo e pedagogo norte-americano John Dewey (1859-1952), que desenvolveu uma concepção pragmática de educação baseada na constante reconstrução da experiência diante de um mundo em transformação. Para Anísio Teixeira a escola precisava educar em vez de instruir, formar homens livres em vez de homens dóceis, preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro, ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. O interesse do estudante devia orientar o seu aprendizado num ambiente de liberdade e confiança mútua entre professores e alunos, em que esses fossem ensinados a pensar e julgar por si mesmos.


As escolas comunitárias norte-americanas inspiraram o programa da escola-parque concebido por Anísio Teixeira na secretaria da educação da Bahia. No Brasil, onde a questão da quantidade muitas vezes atropela a qualidade, Anísio Teixeira pensou alcançar a qualidade propondo um sistema em que a educação da sala de aula fosse completada por uma educação dirigida. Pensou em um sistema composto por "escolas-classe" e "escolas-parque": quatro escolas-classe, para mil alunos cada, construídas no entorno de uma escola-parque, para quatro mil alunos, e os estudantes frequentariam ambas num sistema alternado de turnos. Na escola-parque funcionavam as atividades complementares: educação física, social, artística e industrial. O arquiteto Diógenes Rebouças projetou a escola-parque Centro Educacional Carneiro Ribeiro (primeira etapa 1947/segunda etapa 1956) dentro da ideia de um espaço completo de formação, num período em que se mesclavam princípios modernos na arquitetura e idealismo social nos programas arquitetônicos. Em entrevista concedida à AU, em 1986, Diógenes Rebouças declarou que "todas as obras do plano educacional do Estado que eu fiz, todos eles, o Centro Carneiro Ribeiro, a escola-parque, apenas interpretei uma magnífica ideia que sugeria uma arquitetura sadia, modesta e séria, isso pelo programa".


Três ideias míticas - a escola-parque como proposta de uma educação completa, princípios modernos de arquitetura e a escola como ponto de convívio da comunidade - são conceitos recorrentes quando o tema é projeto de escola pública. O próprio Anísio Teixeira era um entusiasta da arquitetura moderna. "Todos nós que sonhamos com um estado de entusiasmo para a grande aventura de construir nacionalidade temos nesse movimento da arquitetura brasileira uma pequena amostra do que poderíamos ser se um estado de esclarecimento e de fé se criasse, como se criou entre esses engenheiros, em nossa agricultura, nossa indústria, nosso comércio, nossa educação e nossos serviços públicos e sociais em geral" (Anísio Teixeira em Um presságio de progresso, Habitat no 4, 1951).
Croquis das escolas-classe (1948), em São Paulo, de Hélio Duarte


No entanto, a retórica mais eloquente não descartava a esperança de que a qualidade do espaço moderno pudesse, de alguma forma, atuar positivamente no ensino. Em Um presságio de progresso (Habitat no 4, 1951), Anísio Teixeira escreve: "Reconheçamos com Pascal que o homem é feito de tal modo que, embora o sentimento anteceda o gesto na sua ordem natural, o gesto pode gerar o sentimento. No Brasil, estamos a procurar esse efeito. Façamos o gesto da fé para ver se a adquiriremos. A arquitetura moderna é esse gesto. Possam esses prédios escolares (...) comunicarem à educação e, pela educação, à existência brasileira, as suas finas e altas qualidades de inteligência, coragem e desprendida confiança no futuro".
No texto O problema escolar e a arquitetura (Habitat no 4, 1951), Hélio Duarte transmite o esforço comovente da Comissão do Convênio em se inteirar do que julgava serem as correntes educacionais mais evoluídas e, diante disso, em estabelecer premissas para a arquitetura escolar.




Como o Estado já cumpria a exigência legal do gasto mínimo com educação e a prefeitura estava longe disso, no acordo firmado coube à prefeitura de São Paulo a construção de edifícios escolares para todos os níveis, assim como de instalações auxiliares ao ensino, até o pleno atendimento das necessidades da população escolar, enquanto o Estado continuaria encarregado de ministrar a educação. A prefeitura de São Paulo criou um organismo específico para cumprir o Convênio, a Comissão Executiva do Convênio Escolar, com o arquiteto Hélio Duarte na direção técnica do plano de construções. 


Carioca, antes de vir para São Paulo, Hélio Duarte morou em Salvador onde teve contato com a conceituação da escola-parque de Anísio Teixeira, que procurou trazer para as escolas do Convênio. Nos anos do Convênio Escolar foram construídas dezenas de escolas, muitas delas com programas bastante amplos, incluindo salas de dança, de ginástica corretiva, consultórios médico e dentário, hortas, viveiros, laboratórios, museu escolar, anfiteatro.


Arquitetonicamente, os edifícios se alinhavam com a Escola Carioca: divisão funcional do programa em diferentes volumes, distribuídos em formas aproximadas de U ou H, tetos planos ou inclinados em meia-água, pilotis, panos de vidro com protetores solares, elementos vazados, integração entre espaço interno e externo, estrutura e paramentos revestidos. Os arquitetos foram, entre outros, o próprio Hélio Duarte, Oswaldo Corrêa Gonçalves, Roberto Tibau, o engenheiro Robert Mange.


Diferentemente da Bahia, onde a definição espacial da escola-parque surgiu em resposta a uma tentativa de reforma educacional, em São Paulo a renovação espacial e de programa das escolas era dissociada da renovação do ensino, que cabia ao Estado e não à municipalidade.
Nas duas imagens à esquerda, Grupo Escolar Almirante Barroso (1949). À direita, no alto, Grupo Escolar de Vila Leopoldina (1949) e, acima, Grupo Escolar de Moema (1949). Todas assinadas por Hélio Duarte, em São Paulo


Os CIEPs tinham a pretensão de propiciar uma revolução no ensino público do Rio de Janeiro ao garantir nas áreas mais carentes do Estado as condições mínimas necessárias ao aprendizado, assumindo alguns cuidados que, em condições mais favoráveis, deveriam caber à família. Por meio de período integral (8 h às 17 h), com acompanhamento docente extra-aula e três refeições diárias, além de atendimento médico e odontológico, a escola pública estaria compensando a situação social adversa das crianças e jovens mais desfavorecidos economicamente. Esse apoio se estendia aos sábados e domingos, em que permaneciam abertos a quadra, a biblioteca e o consultório.





"A característica primordial, arquitetônica, de um grupo escolar deve estar subordinada em primeiro lugar à criança. É para a criança que se faz um grupo e não para os professores (.)." Duarte argumenta ainda que "a criação de 'ambientes' é sumamente desejável": "Sempre que possível a natureza deve penetrar nas salas e nas diversas peças que constituem um grupo".


Além de procurar responder a uma ideia de pedagogia, há a premissa de que as soluções interajam com o lugar. "Ao dar corpo ao organismo, encontramos incidências físicas que nos levam a soluções as mais diversas no intuito de harmonizá-las com a programação admitida. A topografia quase sempre torturada, os ventos nocivos, as proximidades indesejáveis, a orientação magnética e solar, o panorama, tudo tem que entrar em consideração. O prédio não deve utilizar o terreno, antes ser com ele homogêneo, adaptar-se a ele, ser como coisa 'posta' e não 'imposta'". O convênio construiu grande variedade de equipamentos, de pequenos jardins da infância a grandes grupos escolares e colégios.


Hélio Duarte também pensou em aproveitar a estrutura física da escola como centro social do bairro. Em Considerações sobre arquitetura e educação (Acrópole no 210, 1956), Duarte escreve: "A valorização social da escola como agrupamento unitário e ponto focal de uma comunidade, levando-a a um uso intensivo estaria, no mínimo, a duplicar o seu valor de uso e, na mesma proporção, a reduzir o seu valor de custo".


Nos anos 80, também num cenário de abertura democrática do País, o programa da escola-parque de Anísio Teixeira foi retomado por Darcy Ribeiro no Estado do Rio de Janeiro, na figura dos Centros Integrados de Educação Pública. Os CIEPs tornaram-se a política pública mais marcante do governo Leonel Brizola (1983-1987), em que Darcy Ribeiro acumulava os cargos de vice-governador e secretário da ciência e cultura.
Nas duas imagens à esquerda, conjunto educacional em São Miguel Paulista (1956), de Roberto José Goulart Tibau, em colaboração com AC Pitombo e JB Arruda. À direita, Ginásio Estadual da Penha (1953), em São Paulo, de Eduardo Corona. Ambos pelo Convênio Escolar


A escola-parque concebida por Anísio Teixeira também serviu de inspiração para um projeto ambicioso da prefeitura de São Paulo na gestão Marta Suplicy (2001-2004), que fez dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) o carro-chefe da política educacional da prefeitura.
Os CEUs ocupam áreas nos rincões mais carentes do município e têm a proposta de oferecer um programa educacional amplo, que inclui esportes e áreas artísticas. Além das questões educacionais, seu espaço físico é liberado para uso como praça ou clube de lazer nos finais de semana para encontro da comunidade. No caso dos CEUs, a inspiração na escola-parque de Anísio Teixeira parece ser também arquitetônica. O projeto faz homenagem ao desenho moderno que Teixeira tanto prezava e, involuntariamente ou não, à carga simbólica que se mesclou a ele em termos de utopias sociais.





A definição arquitetônica dos CIEPs coube ao arquiteto Oscar Niemeyer (em colaboração com Carlos Magalhães da Silveira, José Manoel Klost Lopes da Silva, João Cândido Niemeyer Soares e Hans Muller) que concebeu um projeto-padrão de sete mil metros quadrados, englobando um edifício principal de três pavimentos com 24 salas de aula, refeitório, consultório e serviços auxiliares, e, em dois anexos, a biblioteca e um ginásio de esportes, numa configuração que demandava terrenos de dez mil metros quadrados. A dificuldade de contar com grandes terrenos nas áreas mais densas levou a uma solução mais compacta com a quadra esportiva na cobertura do edifício escolar.


A definição técnico-construtiva dos CIEPs contemplava o uso de estrutura de concreto pré-moldada em usina, solução justificada pela escala do programa e rapidez da execução (seis meses). Nas duas gestões de Leonel Brizola no governo do Rio (1983-1987 e 1991-1995), foram construídas quase 500 escolas. As peças estruturais foram definidas junto com o projeto e produzidas na "fábrica de escolas" coordenada por João Filgueiras Lima.


O edifício das salas de aula tem planta convencional com 15 vãos de 5 m no sentido longitudinal e vãos de 6 m e 8 m no transversal. O térreo é semiocupado pelas áreas destinadas a consultório e refeitório que extravasam para fora da estrutura nas duas extremidades do edifício. A circulação vertical dá-se por ampla rampa colocada numa das laterais maiores e os dois pavimentos das salas de aula têm circulação central.


A estrutura desenha vãos verticais arredondados, preenchidos por peitoril colorido e esquadrias de alumínio. A biblioteca tem projeção octogonal e aberturas também octogonais. O ginásio se limita a uma cobertura com apoios nos dois lados maiores e 20 m livres no sentido transversal.
CEU Vila do Sol (2008), no Jardim Ângela, em São Paulo


Parece que tem sido mais fácil aos governos atingir qualidade nos equipamentos de ensino do que na educação propriamente dita. Entretanto, a arquitetura escolar não fica imune à decadência do ensino, sofre desde a falta de interlocução na definição espacial dos programas até o mau uso e a falta de manutenção, que comprometem o considerável patrimônio arquitetônico da escola pública brasileira.
Maria Alice Junqueira Bastosé pesquisadora independente, doutora em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP, autora do livro Pós Brasília: rumos da arquitetura brasileira.
O projeto básico dos CEUs foi elaborado por Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza, arquitetos da divisão de projetos do departamento de edificações da Secretaria de Serviços e Obras da Prefeitura de São Paulo, sendo que o desenvolvimento do projeto e sua adaptação aos diferentes terrenos são feitos por diferentes escritórios de arquitetura. Um volume cilíndrico para a creche, um edifício de projeção retangular longo e estreito, em geral com três pavimentos para o ensino infantil e fundamental, um edifício que abriga teatro e instalações esportivas e ainda parque aquático com três piscinas. Os CEUs são estruturas de grande porte, para 2.400 alunos, com a modulação bem marcada. A circulação vertical, no centro do bloco, se distribui nos andares em dois corredores laterais, como varandas, separados das salas por grandes caixilhos com vidro. Além da preocupação pedagógica e da de servir como praça e ponto de encontro nos finais de semana, os CEUs ainda acumulam a função de "catalisador" urbano: inseridos em áreas de construções precárias, espera-se que sua presença exerça uma marca positiva no bairro, favorecendo melhorias. Arquitetonicamente, é curioso observar que características do desenho moderno dos anos 40 e 50 no Brasil, que geraram as soluções formais da escola-parque em Salvador e do Convênio Escolar em São Paulo, persistem tanto nos CIEPs dos anos 80, quanto nos CEUs que seguem sendo construídos em São Paulo. Naturalmente, a escala é outra, os tempos são outros, nos CIEPs e nos CEUs os projetos são padronizados com uso de elementos pré-moldados de concreto. No entanto, permanecem a divisão funcional dos volumes, o emprego de blocos alongados para as salas de aula e o contraponto de um volume que foge da ortogonalidade: nos CIEPs a biblioteca, nos CEUs a creche, nas escolas do Convênio as formas trapezoidais dos anfiteatros e na Escola-Parque Carneiro Ribeiro, em Salvador, a biblioteca de planta circular e cobertura de concreto radialmente dobrada em pregas. Hélio Duarte, com sua intensa dedicação ao programa do Convênio Escolar, era cético quanto à capacidade dos equipamentos de ensino de solucionar problemas de educação. Em O problema escolar e a arquitetura, (Habitat no 4, 1951) escreve: "Se o Convênio Escolar, por força das circunstâncias, está dotando São Paulo de extensa rede de grupos escolares, cabe agora ao governo do Estado traçar novos rumos para nossa educação, sem o que estaremos, apenas, enfeitando um edifício obsoleto". Em Considerações sobre arquitetura e educação (Acrópole no 210) 1956, argumenta: "Procurar no desenvolvimento de um plano arquitetônico razões últimas para uma melhoria educacional parece-nos contrassenso. Arquitetura é precioso coadjuvante, mas não a base da educação.
22:35 | 0 Comments


EXTRAÍDO DE:



Arquitetura e educação: Crow Island School

Por jarbas

Em School, livro de Catherine Burke e Ian Grosvener, há um registro sobre uma escola exemplar: Crow Island School, projetada pelos arquitetos Eliel e Eero Saarinen e construída por Lawrence B. Perkins. Esse belíssimo espaço de educação começou a funcionar em 1940. A concepção do edifício foi fruto de longa colaboração entre educadores e arquitetos. A orientação fundamental teve como base o ideário da Escola Nova. O resultado final correspondeu ao sonho de um dos professores que solicitou aos arquitetos:

Acima de tudo ela [a escola] deve ter a cara das crianças, não a cara do que os adultos pensam das crianças… Ela deve ser acolhedora, pessoal, e íntima, de tal forma que centenas de crianças durante o ano a chamem de “minha escola”.

Uma das características de Crow Island School é o desenho de suas salas de aula. Estas foram concebidas como um espaço independente, com uma área ampla em fomato de L, incluindo uma sala, uma área de trabalho, banheiros e um jardim adjacente. Para que você possa ter uma idéia de tal sala de aula, veja esta planta tridimensional da mesma.

A escola está integrada a um lindo parque, com árvores centenárias. Diversos playgrounds estão espalhados pelas vizinhanças. Melhor que palavras, a imagem que segue explica isso.


A escola continua a funcionar até hoje. Desde sua fundação em 1940, tem sido indicada como exemplo de espaço educacional. O projeto já foi premiado diversas vezes como o melhor prédio concebido pela arquitetura americana do século XX. E, em 1990, o edifício foi declarado patrimônio histórico dos Estados Unidos.

Há um vídeo que mostra Crow Island School em todo o seu esplendor nos dias de hoje. Se você quiser conhecer bem essa bela escola, dê uma olhada no VT que apresento a seguir.

 

Informações textuais e imagéticas sobre a escola em foco podem ser encontradas em:

Crow Island School é um projeto para estudos aprofundados, caso queiramos aprender boas lições sobre arquitetura e educação. Aqui, apenas sinalizei algumas direções de tais estudos.

Neste post, estou fazendo uso do blog numa das direções indicadas por Lilia Efimova. Esta blog-pesquisadora diz que os blogs, entre outras coisas, podem ser utilizados para registros preliminares de investigações que desejamos fazer. Segui o conselho da Lilia. Este pequeno resumo de um levantamento preliminar de materiais sobre Crow Island School será de grande utilidade para mim e para outras pessoas que se interessam por arquitetura e educação. Termino minhas considerações indicando mais um vídeo que merece ser visto.


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2 comentários:

  1. É PERTINENTE QUE OS GESTORES INVISTAM NA EDUCAÇÃO,DIRECINANDO VERBAS QUE SÃO RESTRITAS QUANTO ISTO. SABEMOS QUE FALTA MUITO PARA QUE AS ESCOLAS TENHAM QUALIFICAÇÃO COMO AS ESCOLAS DO PRIMEIRO MUNDO, PORQUE O ENSINO PÚBLICO DE MUITAS ESCOLAS PÚBLICAS DEIXA MUITO A DESEJAR, EM SE TRANTANDO DE ESPAÇOS LÚDICOS, PARA MELHOR APRENDIZADO DESSES SERES QUE NECESSITAM DE UMA BOA FORMAÇÃO FUTURA.

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